Idosa de 102 anos ganha festa de aniversário em Blumenau

Mesmo com a idade, Catarina da Costa esbanja muita disposição na Casa São Simeão

De longe é possível sentir o perfume. A roupa é especial. E assim lá vem ela toda produzida para a festa de aniversário. Catarina da Costa nem se dá conta, diz a quem pergunta que tem 90 anos. Mas a certidão mostra outra coisa: ela nasceu no dia 2 de fevereiro de 1917, em Brusque.

A celebração dos 102 anos de vida foi na tarde deste sábado, na Casa São Simeão, em Blumenau, onde ela mora. A família e os amigos contam que é uma jornada de muita alegria e disposição. Não tem como duvidar, ela ama cantar, adora dançar e é cheia de boas histórias. 

A festa foi organizada por voluntários e ganhou o apoio da família. Ela tem dois filhos, nove netos e seis bisnetos. José Laurentino, 72 anos, é o mais velho e quem cuida para que a mãe tenha tudo de que precisa. 

Segundo ele, a senhora de cabelos brancos e passinhos ensaiados dizia desde muito nova: "não vou morrer antes dos cem". Vida longa está no gene da família. Ela tem um irmão que chegou aos 105.

Com o estado de saúde bom e muita energia para se divertir, inspira quem está ao redor. Erna Beron, 77 anos, que também vive no asilo, brinca ao dizer que foi difícil ir até a portaria da casa dar um recado, mas que para "dona Catarina" a distância não é um problema. Erna conta que nos 22 anos em que está no lar viu outras duas amigas ultrapassarem os 100 anos. 

- Elas completaram 105, e se a Catarina continuar assim também vai - garante.

Outros colegas falam que nunca a viram triste. Tem sempre uma canção na ponta da língua para garantir a festa e ainda com direito a escolher se quer em português ou italiano. O feliz aniversário, por exemplo, foi cantado duas vezes, conforme o ritmo da aniversariante. 

- É ótimo ver ela assim, bem disposta, feliz. Se for para chegar desse jeito eu também quero - brinca o filho José.

Catarina foi morar na Casa São Simeão em 1995. Até então vivia com o filho José. Quando ele teve um problema de saúde, a família entendeu que era melhor que ela ficasse em um lugar com infraestrutura e pessoas preparadas para cuidarem dela. 